segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Clipes renascem com nova estética e a bênção das redes sociais

Um sujeito caminha por uma casa, cantando, sobre sons que aparecem conforme ele cruza com instrumentistas pelo caminho. Um homem conversa com um analista sobre um sonho recorrente com uma modelo. Um curta-metragem de blaxploitation se desenrola nas ruas de São Paulo. O dançarino Jacaré requebra sobre um fundo de chroma-key. Pessoas dançam em vídeos caseiros. Amigos confraternizam numa festa.

As cenas e situações — retiradas, respectivamente, dos clipes de Oração (A Banda Mais Bonita da Cidade), “ Das Model (Almaz), Então toma (Emicida), Banho de bucha” (Garotas Suecas), “Só serve pra dançar (China) e Queria me enjoar de você” (Dinda) — circularam por Facebook, Twitter, YouTube, MTV e conversas de bar nos últimos meses. Elas testemunham a consolidação do bom momento do formato, depois de um período em que sua importância foi esvaziada. Fundamental para a divulgação da música nos anos 1990, quando os artistas dispunham de megaorçamentos das então superpoderosas gravadoras, os clipes perderam relevância junto às multinacionais. Em 2006, a própria MTV renegou o formato, anunciando que ia deixar de exibir clipes em sua programação. Nos últimos anos, porém, os vídeos recuperaram seu lugar de destaque, motivados pelos canais de divulgação da internet e pelo barateamento da produção. A MTV, que voltou a apostar em clipes nacionais, já registra um aumento de 50% no número de vídeos recebidos desde 2009.

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